Histórias que me foram contas.

CÃO VOADOR

Epaminondas  era agora um viúvo e para não ficar com a dor da perda e livrar-se das lembranças de sua falecida esposa , resolveu vender seu apartamento e sair  daquela cidade para levar uma nova vida. Depois de um certo tempo  achando  um  pequeno apartamento cidade e  para lá se mudou.

Os novos vizinhos de seu condomínio ficaram curiosos de haver um homem morando sozinho, despertou a curiosidade geral.

Na área reservada para play as mulheres,  levavam seus filhos para brincar e em consequência  trocavam ideias falavam de tudo. Mas o principal era o novo morador.

Candinha era sua vizinha de porta, solteira e sempre que Epaminondas abria para sair ela de imediato também fazia o mesmo. Passou a monitorar ele  que  só a cumprimentava, vendo um jeito de fazer contato buscava uma solução.

Todos os dias  Epaminondas fazia uma caminhada pela ciclovia , diuturnamente, ela vendo e monitorando fazia o mesmo; só que vendo sua intenção, passou a modificar os horários, evitando de todo modo encontra ela.

Candinha viu que teria de mudar sua estratégia , comprou um cãozinho e toda vez que ele abria a porta, ela soltava o animal que de imediato entrava no apartamento dele aproveitava para entrar e olhar sempre se desculpava.

— Meu Deus como o cão gosta de você!

O animal entrava e corria para a poltrona, sendo educado deixava entrar, isso já estava o aborrecendo.

Todo dia a mesma coisa, morava no quinto andar e pensou:

 — Tenho que dar um fim nisto.

Trocou o sofá de lugar colocando na janela que dava para o pátio.

Epaminondas abriu a porta e correu para sentar-se  no sofá, de imediato entrou o cão, ato contínuo quando pulou ele pegou o cachorro e jogou-o pela janela, gritando — Ele pulou! Ele pulou!

Nunca mais foi importunado.