História que me contaram
O poder de não ter poder.
Um cidadão depois de fazer economia por um período, resolveu comprar um terreno para construir uma casa e se livrar do aluguel, o fazendo em um bairro da cidade do Rio de janeiro. Tempo depois conseguiu um empréstimo para construir o seu tão sonhado plano da casa própria.
Já passava mais de seis meses da aquisição, resolveu convidar uma amigos para um mutirão no terreno, capinar e limpar para construir um barraco onde guardaria as ferramentas e material de construção. Conseguiu com um colega uma camionete para levar o necessário para dar início a construção. Chegando no local deparou com uma oficina mecânica clandestina no seu terreno.
Seus colegas disseram – Cara invadiram tua propriedade, e agora que fazer?
Cidadão então foi procurar o responsável pela invasão. Apareceu um cara com uma fisionomia de poucos amigos e foi dizendo -Tu ta querendo o que?
Cidadão to querendo usar o meu terreno para construir minha casa.
Invasor -Aqui é meu terreno, vai para outro lugar, faz como eu, invade.
Cidadão – Invadir?! – Eu comprei esta área tenho o registro do imóvel, este local me pertence de direito e de fato.
Invasor – aqui não vai construir nada.
Cidadão: -Vou procurar os meus direitos.
Invasor -Vai perder tempo, daqui não saio, estou com esta oficina montada e fim de papo.
Cidadão se retirou e seus colegas disseram: -Vai na Prefeitura, lá vão te atender e retirarão o invasor.
Cidadão compareceu na segunda feira, na região admirativa para prestar queixa e saber a solução do seu caso. Esperou quase duas horas para aparecer um funcionário.
Funcionário – Deseja alguma coisa?
– Sim falou o cidadão. Mostrou o documento, informou sobre a oficina que era clandestina e da invasão do seu terreno.
Funcionário – Não podemos fazer nada, tem que arrumar um advogado para entrar na Justiça, para reintegrar a posse de terreno.
Cidadão- Mas não é aqui que é a fiscalizão de obras clandestinas?
Sim, mas depois de se apossar entra outra parte que é integração de posse. Informou o funcionário.
Cidadão saiu esbravejando da sala, e quando já estava de saída, veio uma pessoa ao seu encontro para lhe falar.
Informante que estava ouvindo a conversa do cidadão – Desculpe, mas ouvi a sua história, e se você quer ter o teu terreno de volta, te dou a solução.
Cidadão – Claro agradeço como devo fazer?
Informante: Seguinte vai em uma favela, procura o dono do morro, dá uma grana; que ele resolve rapidinho. Tô te falando, porque meu sobrinho estava com o mesmo problema e disseram para ele, e deu certo.
Cidadão pensou, pensou e resolveu seguir o conselho, foi no morro que era até longe de sua casa, procurar o cara. Entrou receoso, foi numa birosca pediu uma cerveja e começou a trocar ideia com o birosqueiro, depois de contar a sua situação ele disse -cara tava achando que tu era cana, mas veio no lugar certo. Espera que vou mandar chamar o marreta.
Apareceu um cara forte, com um cordão que parecia uma corda, anéis em todos os dedos.
Apresentado ao cidadão, ele narrou a sua visita naquele local por indicação de uma pessoa que informou sobre um serviço igual ao seu.
Vou fazer pra tu esta parada! Mas tem um problema, vais me pagar depois de executar o serviço?
– Claro posso até dar um adianto agora, informou o cidadão.
– Não, vais me dar depois de fazer o trato contigo, me dá teu telefone e o lugar onde é está parada. Respondeu o cara forte.
Cidadão saiu dali aliviado.
Cidadão depois de três dias recebe o telefonema do cara forte.
– Trás a grana e vem tomar posse do terreno.
Cidadão pegou os amigos e rumou para lá afim de capinar e limpar tudo do invasor.
Quando chegou viu para seu espanto, que o terreno estava cercado limpo e capinado.
Assim nasceu a milícia no local.
Ame-o ou deixe-o? -Eis a questão.
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